terça-feira, 28 de agosto de 2012

POESIA PARA TODO SAMPLER

Aconteceu ontem na Livraria Palavraria em Porto Alegre e acabou gerando um projeto de atuação novo de minha parte: POESIA PARA TODO SAMPLER. Consiste em leituras de poesias de autores clássicos com fundo musical feito ao vivo a partir de efeitos: sampler, delay, etc (observe a foto abaixo, ali ao centro, por entre os pés). Um sarau tecnológico em que as duas coisas realmente se misturam: música e poesia, sendo que não se trata de canção e vai muito além de uma simples declamação dos poemas. Perfeito para intervenções em feiras de livro, livrarias, escolas, pontos de cultura, etc. 
Ontem era um bate papo com Guto Leite e Antônio Sanseverino sobre João Cabral de Melo Neto e foi muito bacana a resposta do público às inquietações sonoras que propomos juntos a partir da obra do poeta pernambucano. Festipoa Literária Sampleada e Revisitada, a convite do Fernando do Jornal Vaia.

Eu já havia feito vários saraus buscando cada vez mais nos últimos anos a melodia e o ritmo impregnados em versos feitos para a página de papel, algumas vezes junto com Angelo Primon e em outras com Marcelo Cougo (noutras vezes com os dois juntos) e ainda sozinho. Vide vídeo abaixo, de 2004, ao fim dessa postagem.

A novidade por hora reside no fato de que nesse ponto da estrada, em que cada vez mais reflito sobre as intersecções de música e poesia, canção e melodia, texto e declamação, escrita e criação, eis que resolvo fazer o caminho contrário: voltar à essência da palavra, esse ajuntamento de letras em estado bruto e que se reveste de significados a partir do trabalho do poeta. Colocar a palavra em primeiro plano e deixar o som, o ruído, a sonoplastia não em segundo plano mas como pano de fundo sendo que nisso trago a tecnologia como elemento novo a agregar nesse caldeirão de possibilidades sonoras e poéticas.

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