quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dia 20 de deciembre, concierto en La Estación - Sevilha (depois dia 12/1, Madrid)



A cidade de Sevilha realmente tem uma história belíssima e o substrato cultural atestando a presença mourisca aparece por todas as partes. Fui ao Archivo General de Las Índias, prédio que foi construído para ser um mercado que comercializava as especiarias trazidas do Oriente. Depois tal prédio foi transformado em Museu e nesse lugar está por exemplo o documento original do Tratado de Tordesilhas. Fui ainda à Triana, outro lado do rio Guadalquivir onde se pratica um flamenco ancestral, diferente do flamenco sevilhano. Ontem saí a pé pela madrugada de Sevilha ("Andando Sevilha" conforme João Cabral de Melo Neto), assisti 2 shows que me impressionaram muito no Bairro de Alameda: trabalhos calcados na canção pop mas com resquícios de canto flamenco no trabalho de vozes. Voltei de bicicleta (aluguel baratíssimo) para casa no bairro de Bermejales (estou a 100 metros do campo de futebol do Real Bétis), cidade vazia e segura mesmo na alta madrugada em qualquer parte. Na próxima terça tocarei no Centro Cultural La Estación e depois no início de janeiro vou a Madrid para fazer um show por lá também num lugar chamado La Cueva del Bolero a partir de gestão do músico uruguaio Pablo Sciuto. Por enquanto é isso, estou por aqui a menos de uma semana, tive a sorte de encontrar www.leominax.com no aeroporto de Lisboa e trocamos informações importantes sobre a carreira artística no Brasil e na Europa (ele reside em Madrid há bastante tempo mas é de Minas Gerais sendo que estava em gira pelo Brasil e cone sul da América em novembro último). 

Por aqui ontem li uma reportagem sobre eleição na SGAE (Sociedade Geral de Autores Espanhóis) e nisso havia a constatação de que tal entidade esteve envolvida recentemente em um caso sério de corrupção e desvio de verbas. Sem dúvida está em pauta também aqui uma discussão mais profunda sobre o direito autoral, sobretudo no que diz respeito ao repasse de recursos retidos a quem tem direito nisso, a saber, os autores. Também aqui em nenhum momento se discute a abolição dos direitos autorais (como alguns alarmistas fazem crer no Brasil quando se levantam algumas questões no âmbito da cultura livre) mas sim um maior controle sobre arrecadação buscando transparência e uma distribuição justa e equânime do volume alto de recursos provenientes dos direitos autorais. 

No plano pesoal sigo bem na manha, buscando expandir ações, no respeito e na responsa, sem pressa e sem atropelos. Depois do lançamento do Pampa Esquema Novo no cone sul da América em outubro, Rio Grande do Sul em novembro, seguem ações de difusão desse conteúdo cultural além mar em dezembro, janeiro, fevereiro e início de março.

3 comentários:

Têmis Nicolaidis disse...

Grande Serraria!

Não esperava menos, compartilhamento, informação, cultura. Mais do que ninguém vai aproveitar tudo por aí. Tu merece. Beijo nas gurias!

Já estamos com saudades por aqui...inté, Têmis

Eliana Mara Chiossi disse...

Assim, viajamos na tua companhia.
Toda sorte por aí!
Beijos nas meninas...

Sara disse...

Eu também sempre gostei de viajar e tive a sorte de conhecer toda a Europa e, agora, eu acho que é hora de viajar um pouco mais para a minha região eu espero conseguir um Aluguel em buenos aires